Mirra
- Commiphora myrrha
– Símbolo
de Perdão.
Quando
Jesus nasceu, foi presenteado pelos reis magos com Mirra, juntamente com o Frankincense
e o Ouro. No evento da crucificação, ao pedir água, os soldados romanos
ofereceram vinagre e mirra, e
finalmente, quando seu corpo foi retirado da cruz, Nicodemus usou uma
mistura de Mirra com Aloe para untar seu corpo, uma vez que
este era o costume da época - eles acreditavam que o corpo deveria ser purificado, e para isto
utilizavam a Mirra como substância purificadora.
Após
a morte de Jesus, a Mirra tornou-se um símbolo de sofrimento e morte e, também, um
símbolo de sacrifício humano na Terra.
Todos os mártires cristãos tinham seus corpos untados com a Mirra, após
suas mortes.
A
Mirra é uma grande curadora de feridas, especialmente quando afeta a boca e as
mucosas. É um soberano óleo de ação antisséptica, para feridas que insistem em ficarem
abertas, gangrenas, furúnculos, úlceras varicosas, úlcera bucal e outras
feridas; é também analgésico, cicatrizante, regenerador celular e purificador
do corpo físico e emocional. É também
um bom óleo para ser usado em casos de feridas abertas no campo
emocional, aquelas feridas que atingem a alma e nem o tempo traz alivio para a
dor.
Problemas
bucais tais como gengivites, úlceras, aftas, piorreia - todas estas condições
podem ser tornar crônicas, e isto é comum de acontecer especialmente quando
estão atreladas a situações de traumas e
choques e ou sofrimentos e dores do
passado que não foram sanados e expressos.
A
boca é um local considerado pela Homeopatia como uma parte do corpo que muito
frequentemente manifesta os traumas e
sofrimentos não vivenciados apropriadamente.
A
Mirra tem especial afinidade com a boca, com condições de doenças
crônicas, especialmente as feridas que
insistem em não cicatrizar e, também
muita afinidades com condições do passado que não foram resolvidos
adequadamente. O aroma da Mirra definitivamente nos remete
ao Passado nos lembra coisas velhas, antigas, mofadas - a mãe Natureza sabe das coisas.
Em
um aspecto mais profundo, a Mirra
simboliza o perdão. Ao se praticar o perdão, muitas doenças crônicas podem ser curadas. As doenças acima citadas quando se tornam
crônicas podem, e muito frequentemente estão sinalizando que tem algo que
necessita ser revisado ou tratado, algo que foi depositado no poço do esquecimento para que o tempo desse
conta, mas, é preciso considerar que o tempo não resolve questões
mal resolvidas pendentes - ele pode
minimizá-las, mas a coisa fica lá, à espera da solução.
É
muito pesado e difícil seguir fluindo com a vida, quando se carrega na bagagem
emocional dores, mágoas, ressentimentos, rancor, sentimento de vingança e
outros que só deixam a vida amarga. Reconhecer que há algo apodrecendo dentro
de nós é um grande sinal de humildade – reconhecer é um ato complexo - nem
sempre temos a grandeza de perdoar... Isso também faz parte dos contextos do
ser humano.
Jesus,
em seus últimos minutos de dor e sofrimento, antes de sua morte, fez um apelo
ao Pai Divino: "Pai, perdoa-lhes,
eles não sabem o que fazem" (Lc 23,34). Talvez neste momento ele não pudesse perdoar seus
malfeitores, pois as dores física, moral
e espiritual eram muito grandes, mas solicitou a quem podia - ao fazer
isto, Ele disse “Eu não posso”, mas peço a quem pode.
Às
vezes, temos que dobrar nossos joelhos e aceitar a nossa pequenez em não
estarmos preparados para perdoar algo que nos causou tanta dor e sofrimento,
mas temos que ter a grandeza de pedir que o Pai o faça, assim com fez
Jesus.
Imagens - Google
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